Página inicial do Secretaria do Estado de Educação

II FECCAT da Escola Manoel Leite Carneiro aborda Direitos Humanos

11/06/2019 13h44 - Autor: 340 visualizações

O incentivo à pesquisa e produção do conhecimento no contexto dos direitos humanos é o grande objetivo da III Feira de Ciência, Cultura, Arte e Tecnologia (FECCAT) promovida pela Escola Estadual de Ensino Médio Profº Manoel Leite Carneiro, no bairro do Tenoné, em Belém. Desde ontem (11) a comunidade vive uma programação intensa de atividades relacionadas ao tema “Entre Razões e Emoções: 70 anos dos Direitos Humanos Universais”.

A feira foi criada em 2015, mas não acontecia há dois anos por falta de estrutura. Este ano, foi retomada como resultado das oficinas pedagógicas realizadas ao longo dos semestres pelas turmas de tempo integral e do turno da noite, como parte da avaliação das disciplinas.

O diretor Pércicles Matos explica que a abordagem do tema dos direitos humanos é necessária frente ao debate nacional e até internacional acerca da conquista de direitos sociais, entre os quais igualdade de gênero, religião e sexualidade, direito de crianças e adolescentes etc. Para ele, são temas transversais e necessários que fazem um link com os componentes curriculares. São atividades que ajudam no comportamento dos alunos e ampliam a visão de mundo e sociedade. A escola reduziu para praticamente zero o índice de casos de agressão dentro da escola. “Não temos casos de desrespeito entre alunos e professores, o que resulta dessas atividades de integração”, comemora Péricles.

Este ano a Feira faz uma homenagem à professora e ativista dos direitos humanos, em especial do movimento negro, Zélia Amador. A abertura do evento contou com a participação da advogada da OAB/PA, Juliana Fonteles, e da representante da Seduc, a pedagoga Diana Braga. “As políticas afirmativas precisam estar na escola para formar nossos jovens a serem cidadãos ativos”, comentou Diana.

Debates

Durante a programação as salas de aula tornaram-se espaços de apresentações artísticas e culturais, sobretudo, de discussão sobre diversos temas sociais. Elisandra Vitória, do 1º ano, apresentou tema sobre sexualidade, machismo e aceitação de gênero e fez um resumo do que aprendeu nas oficinas.  “A sociedade deve aceitar as pessoas como elas querem ser, independente da oriental sexual, e também o homem deve tratar a mulher de forma igual e todos devem se aceitar, respeitando a identidade do outro”, resumiu.

Um dos destaques da programação é a transmissão do programa de Rádio Funcarte. A oficina conta com a participação de aproximadamente 30 alunos do tempo integral, que aprendem o uso e os impactos da tecnologia no cotidiano escolar. “Os alunos discutem todo o processo de construção dos programas, desde a roteirização até a edição final, o que os aproximam dos professores e aprendem a realizar criações coletivas”, explica o professor de filosofia e coordenador da rádio, Lucival Pontes. O talento para o canto e a voz grave conferiram à aluna Daniela Sell, 16, a função de locutora. Encantada com as oficinas, a estudante do 1º ano afirma que a participação na rádio tem sido um grande aprendizado. “Gosto de saber como funcionam os bastidores de uma rádio. Para mim tem sido uma experiência incrível”, destaca.

 

Texto e fotos: Leidemar Oliveira

Ascom/Seduc


MAIS FOTOS