Alunos de Cachoeira do Piriá comemoram retorno a escola, entregue reconstruída no início da pandemia
Entregue totalmente reconstruída pelo governo do Pará em julho de 2020, quando as aulas presenciais estavam suspensas desde março daquele ano por causa da pandemia do novo coronavírus, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Adriano Gonçalves, em Cachoeira do Piriá, no nordeste paraense, ainda surpreende seus quase 700 estudantes. O prédio, antes com bastante problemas estruturais e de adequação ao processo educacional, hoje atende de forma mais apropriada aos alunos e oferece ambientes variados que favorecem o aprendizado.
A direção da unidade respeitou o cronograma recomendado pelo governo do Estado de retorno às salas de aula e, somente em outubro, passou a receber 100% do seu público. Gabrielly Lira, de 17 anos, está no 3º ano do Ensino Médio, e não só ela, mas também sua mãe, ex-aluna da Adriano Gonçalves, mal acreditaram ao conferir o novo espaço.
"Até hoje eu me surpreendo, porque era bem precária a estrutura toda, tinha muito problema de queda de energia, os banheiros eram ruins. Quando voltamos esse ano eu levei foi até um susto, porque ficou muito bom! Meu espaço preferido é o jardim com os bancos, onde eu amo ficar fazendo meus trabalhos ali", relata a adolescente.
Colega de turma de Gabrielly, Caio Rhyan Fonseca do Nascimento, também de 17 anos, aprovou o refeitório, bem mais confortável do que o espaço que havia antes. "Não era só isso, a escola toda era quebrada, não tinha estrutura. Hoje tudo é bem mais adequado, isso facilita de a gente estar na escola", reconhece o estudante.
Estrutura - A Escola Adriano Gonçalves foi a 32ª a ser entregue pela atual gestão desde janeiro de 2019. Com 30 funcionários, a nova escola, totalmente reconstruída, tem 12 salas de aula, laboratório multifuncional, laboratório de informática, sala de vídeo, ampla biblioteca e sala de aula de recursos multifuncionais.
O bloco de convivência da escola passou a ter área de recreio coberta, dispensa, triagem, cozinha, área de lavagem, área de serviço, banheiros convencionais e adaptados, vestiário e depósito.
Obra também contemplou o núcleo pedagógico, com ambientes adequados com melhores condições de ensino e aprendizagem, com melhorias na secretaria, sala do arquivo, sala dos professores, diretoria, vice-diretoria, coordenação pedagógica, banheiros convencionais e adaptados para deficientes.
Melhorias - Professor de Geografia lotado na escola desde 2019, Guilherme Monteiro, ainda chegou a trabalhar na escola pré-reconstrução. "Na comparação de 2019 para 2021, retornamos presencialmente a outra escola, tanto na questão da infraestrutura em sala de aula como nos ambientes de recreação dos alunos. Não tínhamos refeitório, copa, agora temos, e isso conta bastante no processo de ensino e aprendizagem, e também para o bem estar dos estudantes, para que eles tenham prazer em frenquentar o ambiente escolar. Nos tornamos escola de referência para o município, a única de Ensino Médio da cidade, e com o novo Ensino Médio e necessidade dos projetos de vida, vai ser bem mais fácil de realizar um trabalho que precisa ser diferenciado", analisa o docente.
Elizane Cavalcante, gestora da escola, está na função há dois anos, ou seja, assumiu o posto quase que no início da pandemia. "Então posso dizer que é inovador estar com alunos 100% em regime presencial", admite.
Ela entrou na escola como professora de Língua Portuguesa no ano de 2012 e pôde vivenciar todas as dificuldades do prédio antigo. "Tem alunos que estudaram aqui antes da reconstrução e que lamentam não terem tido a oportunidade de estudar na mesma escola, só que com mais estrutura, salas amplas, climatizadas, salas de vídeo, de leitura, espaços amplos inclusive para que os professores explorem outras opções além da sala de aula", explica.
