Rodas de conversa da Emater em escolas públicas dão voz às juventudes de Belém

Encontro, desta quarta-feira (1º), será conduzido pelo engenheiro agrônomo, Jader Moura, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
Nesta quarta-feira (1º), às 14h, 50 alunos do ensino médio do período integral da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Edvaldo Brandão de Jesus, no bairro do Tapanã, em Belém, vão participar da roda de conversa sobre meio ambiente e produção de alimentos. O encontro será conduzido pelo engenheiro agrônomo, do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), em Belém, Jader Moura.
A ação faz parte do projeto “Rumo à Cop-30 – Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável e a Preservação Ambiental na Região Amazônica”, idealizado por Moura, mestre em Ciências Agrárias. Desde agosto passado, a Emater tem promovido encontros em escolas públicas. Na prática, a parceria entre a Emater e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) intenciona o engajamento de crianças e adolescentes da periferia de Belém nas pautas da agenda ambiental, chamando-os a participar da programação aberta à comunidade e a acompanhar, com informação e entendimento, as tratativas entre os países.
“Eu achei a palestra interessante. Além de ser um tema com bom desenvolvimento, abriu meus olhos para o nome ‘sustentabilidade’, que antes eu achava nada a ver, desnecessário. Agora eu me sinto aprendendo que ‘sustentabilidade’ pode salvar o mundo, pode mudar vidas, pode mudar tudo o que você pensar. O mundo não pode ser descartado. É preciso garantir a existência das novas gerações”, comenta Carlos Gabriel Viana, de 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Avertano Rocha, no bairro do Cruzeiro, no Distrito de Icoaraci. Na unidade, 87 estudantes assistiram a palestras da equipe da Emater na última sexta-feira (25).
Para Jader Moura, “Sustentabilidade” é justamente a ideia que mais desperta a curiosidade da plateia: “São crianças e adolescentes ainda formando repertório, bombardeados por dados de internet, o que muitas vezes gera confusão entre tantos conceitos científicos".
"Estamos aqui como facilitadores e aprofundadores de um significado que já está entranhado na realidade deles, das famílias, das cidades. Quando eles descobrem o que é ‘sustentabilidade’, ficam deslumbrados, porque visualizam que é possível transformar os sistemas de produção, o cotidiano, e que são eles, os jovens, os protagonistas desse processo. Eles são o futuro, a nova geração: então eles tomam para si a responsabilidade e o poder e se reconhecem mais importantes do que nunca para a sociedade”, explica.