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Movimento indígena apresenta demandas educacionais à Seduc

26/06/2021 16h30 - Autor: Vinícius Leal (Ascom/Seduc) 469 visualizações
Foto: Movimento indígena apresenta demandas educacionais à Seduc
Foto: Marx Vasconcelos (Ascom/Seduc) | Fotógrafo: Ascom - Seduc

“O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), vai ampliar as políticas públicas direcionadas à Educação Escolar Índigena (EEI)”


Nesta quinta-feira (24), representantes de movimentos que lutam pelas causas indígenas estiveram na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para apresentar as reivindicações dos povos nativos, na área educacional. A principal demanda pede que o Governo do Pará, por meio da Seduc, amplie as políticas públicas direcionadas à Educação Escolar Índigena (EEI).

Outras pautas também foram discutidas durante o encontro, como a realização de concurso público específico para professor e reconhecimento das escolas indígenas; inserção na estrutura curricular dos alunos da Educação Infantil e Ensino Médio, disciplinas como, Cultura Indígina, Etnomatemática e Arte Indígena; contratação de mais especialistas para o suporte pedagógico dos estudantes e de profissionais de apoio; além da continuidade nas formações dos professores que atuam nas comunidades indígenas, entre outras demandas.

A secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, destacou que desde janeiro de 2019, diversos investimentos têm sido feitos na EEI, com o intuito de garantir o processo de ensino-aprendizagem de crianças, jovens e adultos nas comunidades indígenas paraenses. Por fim, a dirigente frisou que a Seduc está aberta ao diálogo e que tem trabalhado para assegurar direitos e melhorias em toda a EEI.

“A Seduc está fazendo o resgate dessa identidade, construindo uma Educação Indígena forte e, com certeza, a discussão que tivemos com os representantes dos povos indígenas foi bastante proveitosa. Na última quarta-feira (23), o Governo do Pará criou, juntamente com vários entes do Executivo Estadual, um Grupo de Trabalho (GT), ocasião em que dialogamos, previamente, sobre as demandas no âmbito educacional e, a partir de agora, daremos continuidade aqui na Seduc. Vamos fazer tudo o que for necessário para garantir uma educação de qualidade aos nossos alunos indígenas”, destacou a titular da Seduc.

De acordo com o representante do Instituto Kabu, Mydjere Kayapó, “nesta quinta-feira, tivemos a oportunidade de nos reunir aqui na Seduc e apresentar as principais demandas na educação, direcionadas às nossas comunidades indígenas. Expusemos as escolas que precisam passar por melhorias e também na ampliação da oferta de algumas modalidades educacionais. A resposta que obtivemos da secretária Elieth foi muito positiva e disponibilizou, ainda, uma equipe para resolver as nossas demandas o mais breve possível”. 

Mydjere Kayapó ainda ressaltou que a Coordenação de Educação Indígena da Seduc (Ceind) vai auxiliar, também, em todas as demandas educacionais relacionadas ao movimento. Por fim, o representante frisou que todos foram muito bem atendidos e que, daqui pra frente, a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), juntamente com os diversos movimentos indigenistas, irão acompanhar os investimentos em cada comunidade.

A coordenadora executiva da Fepipa, Puyr Tembé, relembrou o encontro ocorrido nesta quarta-feira (23) com o governador Helder Barbalho, ocasião em que foram expostas todas as demandas indígenas no estado do Pará. Na reunião da Seduc, pudemos expor as nossas necessidades e gostamos da assembleia que tivemos com a secretária Elieth, dessa parceria, desse entendimento e ela se deixou muito à vontade para continuar o diálogo com o movimento indígena.

“Hoje, apresentamos as principais reivindicações do nosso povo. Precisamos que seja feita a contratação de novos servidores, construção de escolas, o próprio concurso público e a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que para nós é muito importante, porque alguns professores estavam prestes a sair, mas soubemos durante esta reunião, que não há mais risco desses profissionais serem desligados. Sempre lutamos pela melhoria na qualidade de ensino para os povos indígenas e, por essa razão, não pedimos menos do que uma educação diferenciada e de qualidade”, finalizou Puyr Tembé.

Também estiveram presentes na reunião, a titular da Secretaria Adjunta de Ensino (Saen), Regina Pantoja, a Coordenação de Educação Indígena (Ceind), Assessoria Técnica e Jurídica da Seduc, e demais membros dos movimentos indígenas.


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