Alfaletrar Marajó vai alfabetizar jovens, adultos e idosos do arquipélago
O Governo do Estado vai implementar, através da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), um programa específico para a alfabetização de jovens, adultos e idosos do Marajó. O Programa Alfaletrar Marajó foi criado pela Secretaria para reverter os baixos indicadores educacionais do arquipélago. “A ideia é superar os indicadores negativos no Marajó, que tem a maior taxa de reprovação e evasão escolar dentre as mesorregiões do Pará”, diz a secretária adjunta de ensino da Seduc, Ana Paula Renato. Segundo ela, são pessoas que estão fora da escola e à margem do processo de alfabetização institucional.
O Alfaletrar Marajó é voltado para a alfabetização na perspectiva do letramento. Será realizado em 16 municípios do arquipélago (Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure). Para cada município serão formadas cinco turmas, o que correspondente a cerca de 4 mil alunos atendidos durante 200 dias letivos, a partir de 03 de fevereiro de 2020.
De acordo com a Seduc, o programa será oficialmente lançado pelo governador Helder Barbalho no próximo mês de janeiro, no Marajó. Será executado em parceria com o Ministério da Educação e terá duração de um ano.
Uma das novidades do programa é a seleção local de professores. A Seduc fará um processo seletivo específico para a contratação de 85 docentes do próprio Marajó. “A gente precisa fortalecer essa identidade, evitar desistências e cumprir uma das metas do movimento Educa Pará, que é alfabetização de todos”, explica Ana Paula. Um dos critérios da contratação é que o professor já tenha experiência com EJA (Educação de Jovens e Adultos). Os docentes passarão por um período de formação focada numa metodologia pedagógica adequada para garantir que ao término do ano esses alunos saiam do programa sabendo ler e escrever fluentemente.
O anúncio do Programa foi feito na tarde desta sexta-feira (12), em Belém, durante o encerramento do II Encontro Regional de Educação, que discutiu com os educadores marajoaras o monitoramento da agenda da aprendizagem de 2019 e as metas para o próximo ano letivo. Concluir o ensino fundamental na idade certa é um dos principais desafios eleitos pelos educadores da região. Para eles, o Alfaletrar Marajó será um instrumento para atender o aluno que não teve a oportunidade de estudar a ser alfabetizado e inserido na sociedade. “Será uma oportunidade de ler, de aprender a escrita e se preparar para ter uma profissão”, diz o gestor da URE 13, Jefferson Otoni.
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II Encontro Regional de Educação do Pará | Fotógrafo: Eliseu Dias

II Encontro Regional de Educação do Pará | Fotógrafo: Eliseu Dias

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