Educadores da Região Norte discutem superdotação
Centenas de profissionais da área da educação de vários municípios do Pará lotaram o auditório da Unama na última quinta-feira, 8, por ocasião da abertura do I Encontro de Altas Habilidades/Superdotação da Região Norte. O evento foi promovido pela Secretaria de Educação do Estado – Seduc, pro meio da Coordenadoria de Educação Especial do Estado – Coees e Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação – Naah/S, com apoio da Unama.
O objetivo principal foi de informação, de trazer conhecimentos atualizados com profissionais que atuam na área, buscando formar os docentes para que eles possam encontrar, detectar reconhecer esse aluno na sala de aula e poder dar o encaminhamento adequado, tendo essa responsabilidade de atuação não só com os alunos como com os pais e professores e também gerando uma oportunidade de oferecer aos professores uma atualização no tempo.
Em pauta, o conhecimento de expandir as várias maneiras de como identificar as características do aluno com altas habilidades/superdotação. Estratégias de ensino foram transmitidas sobre o comportamento do aluno em sala de aula, o combate ao bullying, e esclarecimentos sobre a dupla excepcionalidade: altas habilidades, superdotação e autismo.
Segundo o coordenador da Cooes, Felipe Linhares, a coordenação tem a preocupação de atender a alunos de todos os municípios do Estado. “Já foram realizadas várias visitas nas escolas em diversos municípios dentro de uma política de inclusão, inclusive Belém, trabalhando principalmente com formação e com um planejamento de alcançar o maior número de alunos com habilidades de superdotação na rede de ensino estadual”, disse Felipe Lisboa.
A Unama possui um núcleo específico para o atendimento educacional especializado, mantendo uma visão aos alunos que recebem atendimento direto, possuindo alguma deficiência não sendo super dotados pela falta de conhecimento ou da procura de inclusão com a preocupação de dar continuidade ao acompanhamento a mais de 70 alunos em 23 cursos com tipos de deficiência, onde a família tem dificuldades de diagnosticar.
O trabalho com a inclusão feito semestralmente é muito difícil, pois abrange não só os familiares como também os próprios funcionários desde o porteiro até o diretor, ressaltou a professora Maria do Céu de Araújo, representando a Universidade.
Para a professora e fonaudióloga da Unama Christiane Menezes, técnica de referência do Núcleo de Altas Habilidades e Superlotação do Estado do Pará, havia a necessidade de iniciar a discussão, onde há dificuldade de entender como estão os alunos com alta habilidade no estado. “Falar de educação especial é sempre um desafio porqueé fácil identificar os alunos de alta habilidade, surdo, cego, com deficiência motora, deficiente intelectual, mas o aluno com alta habilidade de superdotação é mais difícil”, explica. Além disso, o professor nem sempre consegue identificar e lidar com um aluno que sabe tudo do conteúdo. Para ela, os professores precisam dar as mãos em equipe, pois a educação especial já é uma realidade, e é para todos, mas precisa do trabalho cooperado onde cada um recebe a aprendizagem e se torna multiplicador.
Por Wavá Bandeira
Ascom/Seduc