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"A iniciativa tem como objetivo preparar os alunos para as provas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e também para o Enem"

A Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, localizada no bairro do Souza em Belém, desenvolve com os seus alunos uma “Gincana de Matemática''. A proposta surgiu de uma reunião entre os professores que lecionam a disciplina na escola e o diretor da unidade. A iniciativa tem como objetivo resgatar a autoestima dos estudantes, além de descobrir novos talentos na escola para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

A gincana é ministrada pelos professores de matemática da unidade escolar e é voltada para os alunos da 1ª série e 3ª séries do Ensino Médio. Neste sentido, o projeto busca destacar entre os alunos, assuntos relevantes de uma das principais áreas do conhecimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a matemática. 

As atividades são divididas em três etapas: a primeira consiste na resolução de 30 questões no ambiente virtual, referente ao conteúdo de matemática e específicos de acordo com a série do estudante. Nesta fase serão classificados dois alunos com a melhor nota por sala. Na segunda etapa, haverá a resolução de 20 questões de maneira presencial, com assuntos trabalhados no primeiro bimestre; já na terceira e última etapa da gincana, ocorrerá a premiação dos melhores resultados da segunda etapa por série.

De acordo com o diretor da unidade escolar, Jorge Théo, o projeto surgiu quando a coordenação pedagógica percebeu que era necessário um olhar especial para a disciplina e ressaltou, também, que a escola tem um grupo de formação com essa finalidade para que, além da redação, também destaque o espaço de aprendizagem em outras áreas do conhecimento.

“Temos seis professores com o compromisso de ensinar a matemática aos nossos alunos. São eles que elaboram as questões da gincana. Nossa escola já se destacou na redação, portanto, queremos ampliar essa evidência em outras áreas de conhecimento e, por esse motivo, escolhemos a matemática. Nosso objetivo é motivar os alunos para a disciplina e, assim, minimizar os impactos que eles enfrentam ao se deparar com 45 questões desta área de conhecimento no Enem”, explicou o diretor.

A elaboração das atividades que compõem a gincana são feitas por educadores de cada série. Os assuntos da 1ª série do Ensino Médio são desenvolvidos pelos professores de matemática responsáveis por aquela turma e assim ocorre com as demais turmas. O professor, Manoel Alexandre, explica como foi feita a organização da primeira etapa da prova e comenta também qual será o assunto da segunda etapa.

“Fiquei responsável pela 1ª série do Ensino Médio e por aplicar a primeira etapa. Busquei elaborar 30 questões de razão, proporção, regra de três simples e regra de três composta. Na segunda etapa, já elaborei 20 questões de juros simples; essa fase será de forma presencial e a escola está adotando todos os protocolos de biossegurança para garantir a saúde dos nossos alunos”, explicou o educador.

Para a aluna da 3° série do Ensino Médio, Luma Leite da Costa, esta iniciativa é uma experiência nova, a qual ela nem cogitava passar do início. A estudante não tinha tanta proximidade com a matemática, mas devido ao resultado na gincana, está buscando se empenhar mais para aprender os assuntos que vão lhe ajudar inclusive no Enem.

“Eu realmente não estava esperando passar; fiquei assustada porque eu não gostava de matemática, não é uma matéria que eu tenha afinidade, pois tinha que me esforçar muito para entender os conteúdos. A escola teve uma ótima iniciativa de promover essa prática e fez com que alguns alunos, assim como eu, se esforçassem ainda mais. Percebi que tudo isso me ajudou muito a entender certos assuntos do Enem que ainda não tinha aprendido”, disse Luma.

Ao todo, 30 alunos foram classificados para a segunda fase que ocorreu na manhã da quarta-feira (12). A gincana seguiu todos os protocolos de biossegurança e buscou garantir a saúde dos estudantes. Os participantes foram divididos por série, ou seja, os alunos da 1ª série ficaram em uma sala e os da 3ª em outra, detalha o diretor da escola, Jorge Théo Queiroz.

Com a colaboração de Rodrigo Moraes (Ascom/Seduc)