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Escola Estadual Joaquim Viana é referência em educação ambiental na rede de ensino

05/06/2023 16h08 - Autor: Bruno Magno (SEDUC) 905 visualizações
Foto: Escola Estadual Joaquim Viana é referência em educação ambiental na rede de ensino
Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

Unidade esteve no lançamento da Política de Educação para o Meio Ambiente, e apresentou projetos como o ‘Coleta Seletiva’ e ‘Mãos à horta'

A aluna Maria Eduarda Vasconcelos, 16 anos, do 1° ano da Escola Estadual Joaquim Viana, em Ananindeua, começou a cultivar hortaliças em casa, a partir dos conhecimentos adquiridos nos projetos ecológicos desenvolvidos na unidade de ensino. “Eu fiz do jeito que aprendi com os professores da escola, assim como também produzo sabão e desinfetante para usar em casa. A gente aprende que mudar nossas atitudes representam uma ajuda imensa de cuidado com o meio ambiente, porque enquanto muita gente mata a natureza, fazemos a nossa parte e de pouquinho em pouquinho vira um montão que faz a diferença. Esse projeto é maravilhoso e será incrível ver outras escolas também implementando ações de conscientização”, destaca.

A Escola Estadual Joaquim Viana é referência em educação ambiental na rede pública de ensino do Pará. E, na manhã desta segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a escola participou, no Hangar Centro de Convenções, do lançamento da “Política Pública de Educação para o Meio Ambiente”. A unidade montou uma exposição dos seus projetos de ‘Coleta Seletiva’, ‘Sabão Ecológico’, ‘Mãos à horta’ e ‘Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida’.

“Nossos projetos fortalecem a educação ambiental junto aos nossos alunos, familiares e da comunidade em geral, que se tornam agentes multiplicadores desse conhecimento que passa a transcender os muros da escola. Vai ser incrível ver projetos como os nossos alcançando outras escolas”, reforça Antônio Pamplona, diretor da ‘Joaquim Viana’.

Neste domingo (4), o governador Helder Barbalho anunciou que a educação ambiental será incluída na grade curricular da rede estadual de ensino. 

Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará

Comissão Ambiental e Coleta Seletiva - Com ênfase no protagonismo juvenil, em que  jovens educam joveens, a escola criou, em 2017, a ‘Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida’, dando início a coleta seletiva, contribuindo com a implantação da Política de Resíduos sólidos. O projeto, que tem parceria com a Cooperativa de Resíduos Sólidos do município de Ananindeua (COOTPA), é integrado por professores e alunos da escola. 

“A juventude precisa se envolver nas pautas ambientais porque são os jovens que vão transformar a sociedade nesse processo de sensibilização ambiental, onde as ações de hoje refletem no amanhã e as ações que partem do individual alcançam o coletivo. É um aprendizado de transformação, que contribui para a formação de indivíduos comprometidos com o meio ambiente. Nossos alunos já aprenderam a produzir papel reciclado, adubo orgânico por meio do sistema da compostagem, utilizam diferentes materiais que podem causar danos ao meio ambiente, entre outras ações que contribuem para as políticas públicas”, destaca a bióloga e educadora ambiental Luzia Arruda, que é coordenadora da Comissão. 

A aluna Maria Rita Filgueiras, 18 anos, do 2° ano do Ensino Médio, afirma sentir orgulho de fazer parte de uma escola estadual da rede pública que desenvolve projetos tão importantes na área ambiental e é referência no Estado. “Eu sempre tive interesse em aprender mais sobre a educação ambiental e ao saber dos projetos desenvolvidos na escola, decidi que precisava estudar nela. E é realmente maravilhoso, porque as ações despertam no aluno a consciência ambiental. Conversamos de aluno pra aluno, orientamos e educamos nossos amigos e familiares. Em casa já fazemos a separação do lixo, utilizamos material reciclável, entre outras ações”, diz.

Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará

Sabão Ecológico - A partir da reciclagem do óleo de cozinha usado, os alunos da escola aprendem a produzir sabão ecológico 100% biodegradável, usado na higienização das louças utilizadas nas refeições dos próprios estudantes da unidade. “Esses ensinamentos evitam o descarte incorreto do óleo, que prejudica mares, rios e impermeabiliza o solo, impedindo a sua absorção, o que pode ser contribuir para alagamentos e enchentes, além de liberar gás metano, que é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico, afetando diretamente a camada de ozônio. São aprendizados e cuidados que eles levam pra vida”, explica a bióloga e especialista em Educação Ambiental, professora Josiane Ribeiro.

Mãos à horta Neste ano, uma área que estava sem utilidade na parte central da escola foi transformada em um novo espaço para cultivo. “Construímos uma estufa, com cheiro-verde, pepino, couve, pimentinha, entre outras hortaliças, com o objetivo de auxiliar no processo de ressignificar a relação dos alunos com a natureza, trazer o sentido de pertencimento, além de também ser ponte para o empreendedorismo e interferir positivamente na vida social da comunidade. É de extrema importância”, ressalta.


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