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'Santa Casa nas Escolas' inicia ações de 2024 com alunos da 'Magalhães Barata'

20/02/2024 15h25 - Autor: Etiene Andrade (SANTA CASA) 241 visualizações
Foto: 'Santa Casa nas Escolas' inicia ações de 2024 com alunos da 'Magalhães Barata'
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O projeto, que tem a parceria da Seduc, capacita estudantes em manobras de ressuscitação e procedimentos de urgência

Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) retomou nesta terça-feira (20) as ações de educação em saúde do Projeto Santa Casa nas Escolas, desenvolvido pela Diretoria de Ensino e Pesquisa da instituição para capacitar estudantes em técnicas de primeiros socorros, considerando a necessidade da aplicação da Lei Lucas, que normaliza esse procedimento nas escolas brasileiras. A coordenadora do Projeto, professora Creusa Santos, que acompanhou a ação, falou sobre as atividades que serão desenvolvidas na escola hoje e na quarta-feira (21).

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“Nossa perspectiva aqui na Escola Magalhães Barata é trazer conhecimentos para os 826 alunos do ensino médio, nestes dois dias, abordando quatro grandes temáticas solicitadas pela escola, em especial o Suporte Básico de Vida, que ensina os alunos a fazer procedimentos e manobras de ressuscitação e socorros urgentes. Também falamos sobre o cuidado com o corpo, empatia e vida, e as orientações sobre doação de órgãos, para a conscientização da população em relação à necessidade de aumentar o quantitativo de doação de órgãos”, explicou a coordenadora.

A médica Thais Tangerino orientou uma das turmas de estudantes sobre o Suporte Básico de Vida. Para ela, que já atendeu crianças em situações de emergência, como engasgos e traumas, compartilhar esse tipo de conhecimento pode contribuir com desfechos positivos em situações que exigem socorro imediato.

“Estamos ensinando eles a fazer compressões cardiorrespiratórias, para manter a pessoa viva até que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, chegue. Sobre o engasgamento, ensinamos as manobras para que consigam socorrer uma criança grande, uma criança pequena, um bebê. Sobre fraturas, mostramos o que devem fazer para imobilizar o membro de alguém, afastar os curiosos e chamar ajuda sempre em primeiro lugar. E eles prestam muita atenção na hora de recapitular o que foi dito. Lembram de tudo, número do Samu, como são feitas as compressões, número de compressões. Muitos assuntos, mas eles com certeza conseguiram aprender. Eu vi que eles aprenderam, e assim vejo que talvez eles consigam salvar vidas através disso”, afirmou a médica.

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Preparação - O estudante Yan Costa participou do treinamento de primeiros socorros e garantiu que agora está preparado para socorrer alguém que precise. “Eu gostei muito da experiência. A gente tem que saber coisas novas também. Vai que alguém passa mal perto de mim. Por exemplo, o meu irmão, uma vez, deu uma trombada com outro cara no futebol e desmaiou. Quando aconteceu, eu não sabia o que fazer, mas com o que aprendia hoje já estou preparado para ajudar alguém”, disse o estudante.

Além do Suporte Básico de Vida, os estudantes foram orientados sobre o autocuidado com o corpo e as emoções, e receberam informações sobre a importância da doação de órgãos. “Falar sobre doação com o público jovem, hoje, é formar um futuro de sociedade que não diga não para doação. Eles são as mentes mais abertas para a gente falar sobre o assunto, que por muito tempo foi tabu e mito na sociedade. É importante que nós falemos ainda sobre esse assunto porque a gente ainda tem uma estatística de não, após entrevista de doações de órgãos, que é muito alta e precisamos mudar essa realidade cultural no Pará”, ressaltou a enfermeira intensivista Waylla Luz, integrante da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes da Santa Casa.

Todos os temas escolhidos para esta ação do Projeto na Escola Magalhães Barata foram definidos em conjunto com a coordenação pedagógica da instituição, a partir de necessidades de esclarecimento observadas entre os estudantes.

“Para nós, essa ação é algo que está somando muito, tanto para a vida dos alunos como para a própria escola, que tem essa preocupação com a formação, com essa orientação para eles. Nós só temos a agradecer realmente esse trabalho, que a gente vê que é uma dedicação muito grande. A Santa Casa tem de planejar e organizar, juntamente com a escola, e trazer para os nossos alunos”, informou a coordenadora pedagógica da instituição, Rosângela Gomes.