Seduc mobiliza rede estadual para participação na campanha ‘Guardiões da Natureza’; saiba como inscrever sua escola

A iniciativa favorece o protagonismo estudantil, estimula e incentiva o desenvolvimento de projetos sustentáveis e inovadores nas escolas da rede pública estadual
Para apoiar e promover ações educacionais inovadoras que favoreçam o protagonismo dos estudantes e os incentivem a agir ativamente diante dos desafios ambientais, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), em parceria com a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), está mobilizando as escolas da rede a participarem da campanha "Guardiões da Natureza".
O principal objetivo da iniciativa é inspirar educadores a adotarem práticas inovadoras e transformadoras em suas metodologias de ensino, promovendo a troca de experiências e o aprimoramento contínuo. A campanha também busca conectar pessoas e iniciativas educacionais, criando uma rede colaborativa que fortaleça o movimento educacional e estimule a vivência prática, por meio da publicação no mural, permitindo que os participantes compartilhem resultados e experiências concretas.
“Estamos incentivando as escolas a se engajarem cada vez mais em projetos relacionados à educação ambiental. A Política Ambiental no Pará vai além da criação do componente de Educação Ambiental, que chegou às escolas estaduais, ela traz consigo um conjunto amplo de temas que tem como principal objetivo promover uma educação ambiental crítica, climática e, acima de tudo, transformadora. Estamos convidando as escolas, os educadores a divulgarem seus projetos, iniciativas desenvolvidas, seja uma ação de educação ambiental ou seja um projeto de médio, longo prazo, para fazer a parte da campanha Guardiões da Natureza, que tem como prioridade divulgar essas ações e colocá-las em visibilidade a nível local e também nacional”, afirma o coordenador de Educação Ambiental (Ceam) da Seduc, Mauro Tavares.
Desde o primeiro bimestre de 2024, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) oferece o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino na rede estadual, de forma obrigatória. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima.
O conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará, cuja capital, Belém, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025.
Inovação e sustentabilidade - Com foco na sustentabilidade, inovação e regionalidade amazônica, estudantes da Escola Estadual Salesiana do Trabalho, no bairro da Pedreira, em Belém, desenvolveram o projeto “Placas de controle térmico de caroço de açaí: identidade regional e sustentabilidade”. O trabalho é um dos inscritos na campanha Guardiões da Natureza e objetiva propor soluções sustentáveis para melhorar o ambiente escolar das escolas públicas da rede, além de diminuir o consumo energético, como explica o professor orientador, Maurício Barata.
“A ideia surgiu da bioética, onde a gente verifica como os animais solucionam seus problemas e vimos que cupim e as formigas utilizam placas feitas com resíduos vegetais para se proteger do calor e, como a nossa escola enfrenta isso em algumas salas, o projeto surgiu e nós estamos elaborando vários compostos para poder servir de aglomerante, fazendo testes e verificando a eficácia deles. O caroço de açaí é a matéria principal e a gente também tem trabalhado com o bioplástico, que a gente fez de fécula de mandioca, fécula de milho também, que a gente verificou qual é o melhor entre os dois e atualmente é o de milho, que consegue aglomerar melhor”, contou.
O objetivo é que os painéis de caroço de açaí sejam utilizados para revestimentos de paredes, forros e construção de salas modulares com o objetivo de garantir isolamento térmico. Eles podem ser utilizados para construção de salas novas com baixo custo e de fácil remoção ou adaptação, promovendo a conscientização e, consequentemente, o uso de tecnologias renováveis na melhoria da qualidade do ensino.