Alunos da rede pública têm primeiro contato profissional com programa de estágio
'Educação entre Pares' é uma parceria do Ministério Público, Unicef e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc)
O Ministério Público do Estado promoveu, nesta quarta-feira (24), no auditório das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude de Belém, o Ato de Acolhida de dez estudantes da rede pública de ensino, estagiários de nível médio do Programa “Educação entre Pares”. O program busca fortalecer a prevenção e o enfrentamento à violência dentro das escolas públicas paraenses.
O programa “Educação entre Pares” foi criado a partir do Termo de Cooperação assinado em abril de 2021 pelo Ministério Público do Estado, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) e consiste na realização de atividades de formação e educação em direitos humanos.
O secretário adjunto de Educação Básica, Júlio Meireles, enfatizou sobre a parceria entre o Ministério Público, Seduc e Unicef em favor da educação dos jovens paraenses. “Essa parceria nos permite fortalecer o protagonismo juvenil fazendo com que esses jovens, através de cursos e ciclos de oficinas, possam ajudar a comunidade escolar onde estão inseridos”, disse.
Além dos estágios, os jovens participam de oficinas de capacitação onde serão debatidos temas como: igualdade de gênero; prevenção e resposta à violência sexual e/ou doméstica; diversidade sexual e étnico racial; políticas públicas e cidadania; prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e ao uso abusivo de drogas; arte, cultura e mobilização social; empoderamento feminino, entre outras temáticas.
Outra meta do programa é ampliar a participação de jovens no debate dos temas de direitos humanos, a fim de contribuir na elaboração de políticas públicas, avaliação e fiscalização, mediante o fomento à escuta, engajamento e participação juvenil no ambiente escolar.
A representante do UNICEF, Ida Oliveira orientou aos estagiários do Programa “Educação entre pares” sobre a importância da curiosidade pelo conhecimento. “Não passem nada adiante que vocês não tenham confirmação da informação, ampliem essa capacidade de escutar e de perguntar. Admiro muito no adolescente essa capacidade de questionar, de criticar, mas ouçam também e aprendam, vale a pena”, pontuou.
Os participantes são adolescentes e jovens, na faixa etária entre dezesseis e vinte e quatro anos, que estejam cursando o ensino médio em escolas públicas estaduais situadas nos “Territórios pela Paz,” que ficam em área periféricas da capital e são indicadas com maior índice de violência. Atuam também no programa 10 coordenadores pedagógicos, como disseminadores juvenis nas oficinas que serão realizadas nas escolas por meio da Seduc. Os participantes são contemplados com uma bolsa-estágio no Ministério Público do Estado.
Maria Clara de Souza, estudante da rede pública de ensino, falou da expectativa em iniciar a primeira oportunidade de trabalho. “Estou muito feliz em ter sido selecionada para esta vaga de estágio. Quero aprender e poder compartilhar com meus colegas e com minha família o que eu aprender no estágio”, falou entusiasmada.
“Nosso objetivo é combater a violência na escola, semear uma cultura de paz a partir da compreensão de direitos humanos fazendo com que jovens falem para jovens a respeito desses direitos e com isso eles sejam semeadores e multiplicadores dessa cultura de paz”, finalizou a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude, Mônica Freire.