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Seduc e Polícia Civil fecham parceria no combate às drogas nas escolas

09/07/2020 17h08 - Autor: Caio Condurú 1684 visualizações
Foto: Seduc e Polícia Civil fecham parceria no combate às drogas nas escolas
Reunião Ordinária entre SEDUC / POLICIA CIVIL | Fotógrafo: Eliseu Dias

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Polícia Civil do Pará se reuniram nesta quinta-feira (9) na Delegacia Geral, em Belém, para firmarem parceria na implementação do Projeto Polícia Civil nas Escolas. O objetivo é combater o uso e o tráfico de drogas no ambiente escolar. O projeto piloto deve ainda esclarecer o papel da Polícia Civil e aproximar a comunidade escolar da instituição. Com previsão de iniciar no mês de agosto, a parceria deve abranger, primeiramente, sete escolas de Belém, que foram escolhidas por conta da presença do tráfico de drogas na comunidade.

Na primeira fase do "Polícia Civil nas Escolas", os alunos serão levados à Delegacia Geral para assistirem palestras sobre dicas de Biossegurança pós pandemia, risco do tráfico e consumo de drogas, bullying e crimes cibernéticos nas redes sociais. Na segunda fase os policiais vão às escolas com atividades aos alunos, orientação sobre o trabalho da Polícia e emissão de RG. A terceira e última fase envolve reuniões entre os diretores das delegacias e seccionais e a comunidade escolar. Até o final do ano o projeto deve atingir 350 jovens, na faixa etária de 11 a 14 anos.

Para que as medidas de segurança durante a pandemia da Covid-19 e o decreto governamental, que limita a reunião de pessoas num mesmo ambiente, sejam cumpridos, haverá um protocolo de medidas de segurança para compor os eventos na Delegacia Geral. "Limitaremos a 50 pessoas no auditório, 45 alunos e cinco professores, uso de máscaras, álcool gel nas mãos e distanciamento são algumas das medidas que adotaremos durante a realização desse evento", explica a delegada Claudilene Maia, coordenadora de Polícia Comunitária.

A secretária adjunta de ensino da Seduc, Regina Pantoja, considera a ação muito importante para desenvolver um trabalho de prevenção nas escolas. "Nessa parceria vamos mostrar que a polícia não é um órgão repressor e que serve também para educar. Vamos ensinar o que é certo e errado, envolvendo todos os atores educacionais para minimizar a vulnerabilidade dentro das escolas", detalha a secretária. Regina destaca que o projeto é inédito e que deve ser levado a mais escolas. "Já havíamos feito ações pontuais com polícia nas escolas, mas algo institucional como esse, não. O termo de cooperação entre Seduc e PC deve ser assinado semana que vem. É algo grandioso que devemos levar pra todas as escolas estaduais".

As datas para o início do Projeto foram feitas com base na expectativa de volta às aulas no dia 03 de agosto, mas tudo vai depender de autorização dos órgãos de saúde. A Seduc ainda discute os protocolos desse retorno com educadores e diversos órgãos do estado. O retorno ocorrerá de forma gradativa com revezamento de alunos e observando as regras de higienização, como limpeza das mãos com água e sabão, álcool gel, uso de máscaras e distanciamento físico necessário.

A primeira escola a ir à sede da Polícia Civil será a "Almirante Guillobel", no bairro de Val de Cans. Com 944 alunos, a escola de Ensino Fundamental já desenvolve ações para combater o problema. "A droga entra muito rápido na vida dos alunos. Na nossa escola já existiram muitos problemas por conta do uso e tráfico de entorpecentes, mas esse ano aproximamos a família da escola e conseguimos amenizar", diz a diretora Keit Santos. Ela conta que criou grupos de WhatsApp para acompanhar os alunos nesse período de pandemia. "Sabemos que mente vazia é um problema. Por isso mandamos atividades e os professores acompanham tudo através da internet. Só pra manterem eles ocupados nesse período", afirma a diretora.

CARTILHA

Além de palestras na DG e ações nas escolas, cartilhas serão distribuídas aos alunos. Nelas, terão dicas de segurança pública, como: orientações sobre o disque denúncia, Delegacia da Mulher canais de utilidade pública. "Serão mais de duas mil cartilhas feitas com a linguagem do público infantojuvenil. Tudo para fácil entendimento dos jovens, que devem ainda escolher, por meio de redação ou outra atividade escolar, o nome dos mascotes da PC", diz a delegada Claudilene.


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