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Escola Pe. Francisco Berton lança jornal dedicado ao mês da Consciência Negra

30/11/2022 16h08 - Autor: Vinícius Leal (SEDUC) 3664 visualizações
Foto: Escola Pe. Francisco Berton lança jornal dedicado ao mês da Consciência Negra
Escola Pe. Francisco Berton lança jornal dedicado ao mês da Consciência Negra

Estudantes da Escola Estadual Padre Francisco Berton, no Tapanã, em Belém, em uma das ações pela 'Consciência Negra' (Foto: Divulgação)

Em Belém, o periódico foi desenvolvido por alunos da 1ª série do Ensino Médio, com a supervisão da professora, Tânia Monteiro, de Língua Portuguesa

Durante todo o mês de novembro, diversas escolas da rede pública estadual realizaram programações alusivas à Consciência Negra, em todo o Pará. A Escola Estadual Padre Francisco Berton, no bairro do Tapanã, em Belém, inovou ao lançar, na terça-feira (29), um periódico dedicado à causa. 

O jornal escolar “Berton Informado” foi construído por alunos da 1ª série do ensino médio, com o auxílio da professora de Língua Portuguesa, Tânia Monteiro. A iniciativa surgiu como parte das atividades pedagógicas pelo Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. O encarte contemplou vários eixos do Novo Ensino Médio, sobretudo os que se referem à recomposição da aprendizagem e ao Projeto Integrador. 

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Inicialmente, durante três meses, os estudantes percorreram os vários gêneros textuais encontrados nas páginas dos jornais, entre eles, a notícia, a reportagem, o editorial, as cartas do leitor, o anúncio publicitário, entre outros. Depois de conhecê-los, partiram para o “mãos às obras” como repórteres. “Os alunos pesquisaram, entrevistaram, fotografaram e produziram os textos como se estivessem na redação de um jornal de verdade”, explica a professora Tânia Monteiro, que coordenou o trabalho. 

Devido o tema integrador ser a “Consciência Negra”, a pauta jornalística se concentrou nesse assunto, mas não foram esquecidas outras questões de relevância para a escola, como o trabalho desenvolvido pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), a formatura dos alunos da 3ª série e a importância do Novo Ensino Médio.

Alunas em atividade escolar do projeto que utilizou o jornal impresso como recurso pedagógico (Foto: Divulgação)

Satisfação - A diretora da unidade, Rosana Marques, descreve a sensação em presenciar o envolvimento de toda a escola nas ações de conscientização e empoderamento da comunidade afrodescendente.

“Isso mexe e arrepia o emocional de qualquer gestão. Por isso que fomos mais a fundo neste mês, trabalhando e conscientizando que podemos enfrentar, lutar e, principalmente, se fundamentar nos estudos teóricos, pesquisar a cultura negra e se apropriar da história”, afirmou a diretora.

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Rosana Marques disse, ainda, que com o surgimento da Lei nº 10.369, que estabelece como obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, nos espaços de aprendizagem dos ensinos fundamental e médio, oficiais e particulares, reafirma a importância de se discutir sobre o assunto.

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“O protagonismo dos jovens através da arte, cultura e educação, a partir de ações semelhantes às que nós realizamos, é uma das maneiras de se combater o racismo cultural e estrutural. Tudo isso evidencia que temos rostos, cores de pele e tipos de cabelo diferentes, mas que no fim o importante é que o respeito prevaleça”, enfatizou Rosana Marques.

A escola informou que o nome do jornal foi escolhido pelos próprios alunos e a iniciativa faz parte das ações  para marcar a data que vem mobilizando toda a escola em torno da temática da cultura afro-brasileira. No lançamento do jornal, outra turma da 1ª série apresentou uma dança de origem africana, sob a coordenação do professor de Artes, Ari Nemer. 

De acordo com a escola, outras turmas do ensino fundamental e médio realizaram atividades sobre a temática, entre elas, a história da escravidão, contação de histórias, além de desfile de beleza negra.

“Agradeço o apoio da diretora Rosana Ribeiro e da coordenadora pedagógica, Vera Silva, que estão sendo fundamentais na condução desse novo momento na escola”, complementou a professora Tânia Monteiro.


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